Escolas de Circo
No circo tradicional aprende-se por convívio, contágio e ensaios em família, pois desde criança o artista circense vive a maior parte de sua existência dentro do Circo. Quando criança assiste aos ensaios, acompanha o treinamento de seus pais e de outros parentes, aprende técnicas e também brinca de Circo. Os pais, observando, acabam por indicar qual técnica é mais fácil ou qual o tipo de número para o qual o filho leva mais jeito.
Ainda é assim na maior parte dos circos de famílias tradicionais. Na Revolução Comunista de 1997, na Rússia, mudaram vários métodos de ensino, inclusive os da arte circense. Surgiram as primeiras escolas de circo. Não se aprendia mais em família. O Circo de Moscou, que abrigava várias companhias da antiga União Soviética, se tornou um dos melhores do mundo justamente por promover inovação na formação de artistas, trazendo também pessoas que não eram oriundas de famílias tradicionalmente circenses, estimulando outros países a adotarem a ideia.
A França possui mais de 70 Escolas de Circo. O Brasil chegou a ter mais de 20 escolas, mas viu esses números caírem recentemente, devido à pandemia de Covid e ao abandono de apoio governamental.
Nem todas as escolas de Circo brasileiras têm finalidade de formar artistas. Algumas têm o caráter social voltadas a crianças e jovens em situação de vulnerabilidade.
A Escola Nacional de Circo, no Rio de Janeiro, é a única mantida pelo governo federal. Sua finalidade é a formação de artistas profissionais. A maior parte das escolas de circo que têm a mesma finalidade é de iniciativa particular. As mantidas por entidades ou governos estaduais e prefeituras, se voltam mais ao de caráter social e nem sempre ensinam somente a arte circense, mas utilizam a lona para cursos de outras formas de expressão artística.
Novo Circo
O aprendizado das artes circenses por artistas que vieram fora da tradição itinerante e das gerações formadas na vida sob a lona, trouxe também algumas novas proposições e mudanças estéticas.
Esse movimento se autodenominou Novo Circo. Uma expressão surgida na França e que se espalhou pelo mundo. Se de um lado se buscava definir uma tendência expressiva, assim como se faz na Dança, separando a Clássica da Moderna, de outro lado se gerou muito desconforto nos artistas da tradição como se o que estivessem fazendo tivesse envelhecido.
Mais que um conflito geracional, foi um conflito de disputa de espaços no mercado, onde cada vertente não queria perder público, o que significa sua maneira de sobreviver.
No Brasil, as gerações circenses recentes formam grupos e trupes que ocupam outros espaços de apresentação e viabilização de sua arte. Em geral, esses grupos são oriundos das escolas de circo. Por terem origens diversas e por terem vínculos permanentes em suas cidades, conseguem viabilizar espaços, conquistar prestígio e espaços na mídia. O Circo tradicional, ligado ao nomadismo, fica vinculado a uma imagem marginal. A visão de um mero entretenimento leva ao Circo um tratamento superficial visando desqualificá-lo, diminuindo o seu prestígio intelectual e reforçando o preconceito sobre uma arte popular por ela ser popular.
Jornais, revistas e a televisão se prendem ao respaldo intelectual que os artistas do chamado novo circo impõem às suas obras, relegando, muitas vezes, ao segundo plano a importante história que as famílias tradicionais de circo escreveram pelo Brasil adentro.
Convém destacar que a relação entre os artistas da tradição e os vindos das escolas vem se transformando significativamente, gerando uma integração cada vez maior entre os dois modos de produção.
Embora muitos artistas saídos das escolas tenham aberto espaço expressivo diferente, menos tradicional, com alteração na forma, pela música, visual, coreografias, com elementos da dança e do teatro contemporâneos, seguem esteticamente os caminhos clássicos que constituem as artes circenses.
Uma outra tendência contemporânea é a de artistas circenses de rua, em especial malabaristas, que se apresentam tanto para uma roda de espectadores quanto em semáforos para os carros no trânsito.
Hoje é comum artistas oriundos de escolas se integrarem ao trabalho sob a lona em circos tradicionais. Assim como é comum que trupes nascidas sob a tradição da lona ocupem os espaços que os grupos e trupes têm ocupado.
Ainda é assim na maior parte dos circos de famílias tradicionais. Na Revolução Comunista de 1997, na Rússia, mudaram vários métodos de ensino, inclusive os da arte circense. Surgiram as primeiras escolas de circo. Não se aprendia mais em família. O Circo de Moscou, que abrigava várias companhias da antiga União Soviética, se tornou um dos melhores do mundo justamente por promover inovação na formação de artistas, trazendo também pessoas que não eram oriundas de famílias tradicionalmente circenses, estimulando outros países a adotarem a ideia.
A França possui mais de 70 Escolas de Circo. O Brasil chegou a ter mais de 20 escolas, mas viu esses números caírem recentemente, devido à pandemia de Covid e ao abandono de apoio governamental.
Nem todas as escolas de Circo brasileiras têm finalidade de formar artistas. Algumas têm o caráter social voltadas a crianças e jovens em situação de vulnerabilidade.
A Escola Nacional de Circo, no Rio de Janeiro, é a única mantida pelo governo federal. Sua finalidade é a formação de artistas profissionais. A maior parte das escolas de circo que têm a mesma finalidade é de iniciativa particular. As mantidas por entidades ou governos estaduais e prefeituras, se voltam mais ao de caráter social e nem sempre ensinam somente a arte circense, mas utilizam a lona para cursos de outras formas de expressão artística.
Novo Circo
O aprendizado das artes circenses por artistas que vieram fora da tradição itinerante e das gerações formadas na vida sob a lona, trouxe também algumas novas proposições e mudanças estéticas.
Esse movimento se autodenominou Novo Circo. Uma expressão surgida na França e que se espalhou pelo mundo. Se de um lado se buscava definir uma tendência expressiva, assim como se faz na Dança, separando a Clássica da Moderna, de outro lado se gerou muito desconforto nos artistas da tradição como se o que estivessem fazendo tivesse envelhecido.
Mais que um conflito geracional, foi um conflito de disputa de espaços no mercado, onde cada vertente não queria perder público, o que significa sua maneira de sobreviver.
No Brasil, as gerações circenses recentes formam grupos e trupes que ocupam outros espaços de apresentação e viabilização de sua arte. Em geral, esses grupos são oriundos das escolas de circo. Por terem origens diversas e por terem vínculos permanentes em suas cidades, conseguem viabilizar espaços, conquistar prestígio e espaços na mídia. O Circo tradicional, ligado ao nomadismo, fica vinculado a uma imagem marginal. A visão de um mero entretenimento leva ao Circo um tratamento superficial visando desqualificá-lo, diminuindo o seu prestígio intelectual e reforçando o preconceito sobre uma arte popular por ela ser popular.
Jornais, revistas e a televisão se prendem ao respaldo intelectual que os artistas do chamado novo circo impõem às suas obras, relegando, muitas vezes, ao segundo plano a importante história que as famílias tradicionais de circo escreveram pelo Brasil adentro.
Convém destacar que a relação entre os artistas da tradição e os vindos das escolas vem se transformando significativamente, gerando uma integração cada vez maior entre os dois modos de produção.
Embora muitos artistas saídos das escolas tenham aberto espaço expressivo diferente, menos tradicional, com alteração na forma, pela música, visual, coreografias, com elementos da dança e do teatro contemporâneos, seguem esteticamente os caminhos clássicos que constituem as artes circenses.
Uma outra tendência contemporânea é a de artistas circenses de rua, em especial malabaristas, que se apresentam tanto para uma roda de espectadores quanto em semáforos para os carros no trânsito.
Hoje é comum artistas oriundos de escolas se integrarem ao trabalho sob a lona em circos tradicionais. Assim como é comum que trupes nascidas sob a tradição da lona ocupem os espaços que os grupos e trupes têm ocupado.